Do UOL – O pré-candidato do PL ao governo de Pernambuco, Anderson Ferreira, disse, durante sabatina realizada pelo UOL/Folha hoje, que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “passado” no estado.
“O povo de Pernambuco tem uma história de gratidão para aqueles que investem em nosso estado. Lula é passado, passado em Pernambuco. Deu sua contribuição, não estou aqui para desconstruir a biografia de ninguém, mas Bolsonaro estendeu a mão ao nosso estado, investiu em nosso estado como nenhum outro presidente da República, e isso vai ser dito na campanha. O povo vai saber reconhecer.”
O deputado federal falou de suas afinidades com o presidente Jair Bolsonaro (PL), que o apoia na disputa em Pernambuco.
“Sou evangélico. Tenho apoio de um povo cristão. Temos uma bandeira de valorização da família muito forte. Temos posicionamentos contra o aborto e várias outras pautas que posicionam a gente numa candidatura de direita. Temos CPF diferente, mas temos alinhamentos bem parecidos.”
Disse que “confia desconfiando” no sistema eleitoral brasileiro, que Bolsonaro ataca recorrentemente, mesmo sem provas. “Vale a pena a gente estar cobrando, sim, uma fiscalização das urnas. Se o Exército se coloca à disposição, cabe ao STF [Supremo Tribunal Federal] mostrar transparência.”
Ele disse que Bolsonaro tem sido “perseguido”. “Já vi perseguições políticas em candidatos de esquerda, mas nunca vi tanta perseguição política de candidatos de direita. É a primeira vez na história do país. Não precisa eu achar [que há perseguição do STF], acho que todo o povo brasileiro percebe, em cada ação que é feita, e ele tem estilo muito próprio, jeitão de falar mesmo, expressão do que sente.”
Disse que tentou cooptar Marília Arraes, à época no PT, para seu partido, por isso a apoiou nas eleições de 2020 à Prefeitura do Recife. Ela perdeu a disputa para João Campos (PSB).
“Para derrotar o PSB, fui e apoiei a Marília, não apoiei o PT. Prova disso foi que ela não ficou no PT, que todos já sabiam que ela não ficaria. Era a oportunidade que eu tinha para fazer essa chave virar”, afirmou, sobre a deputada federal e sua adversária na eleição ao governo, que hoje está no Solidariedade.
“Todos sabiam que a Marília não ficaria no PT. O PT sempre criou barreiras para os seus projetos políticos.”
Ele criticou principalmente a gestão de Paulo Câmara (PSB), dizendo que o governador se isolou e não dialogou com os prefeitos nem mesmo durante a pandemia da covid-19. “O PSB tem de parar de jogar a culpa nos outros.”
A sabatina foi conduzida pela apresentadora Fabíola Cidral e pelos jornalistas Carlos Madeiro, do UOL, e José Matheus Santos, da Folha de S. Paulo.