Por Renata Gondim – “Noiva cobiçada da vez”, o Avante participou nesta sexta-feira (25) de mais uma rodada de conversas para definir seu destino político. O partido se “dividiu” em dois times: ao presidente estadual e ex-deputado federal, Sebastião Oliveira, coube conversar com o prefeito do Recife, João Campos (PSB); e ao deputado federal Waldemar Oliveira reunir-se com a governadora Raquel Lyra (PSDB), que na última semana cooptou o PSD do ministro André de Paula para sua base aliada.
No entanto, conforme o Blog da Renata apurou, nenhuma das conversas chegou a um denominador comum. O Avante vem trabalhando intensamente para fortalecer a sigla para as eleições municipais de 2024, e as lideranças da sigla entendem que uma proposta de aliança deve ser condizente com a sua representatividade, tanto a nível local, quanto estadual. Ou seja, condizente com as perspectivas do partido nas urnas e com pensamentos voltados já para a sucessão estadual, em 2026.
O prefeito João Campos, que já teve o Avante ocupando no passado a Secretaria de Meio Ambiente, teria “ferido” essas expectativas e oferecido um mero órgão de segundo escalão da Prefeitura do Recife. O que, no mínimo, foi encarado como uma espécie de “migalhas” política. O “tratamento inadequado” abriu os caminhos de discussão com o Palácio do Campo das Princesas que, ao que parece, também vem usando a cautela nesta abertura de espaços políticos.
Na última sexta-feira, a primeira nomeação política no secretariado foi a da ex-secretária de Turismo do Recife, Cacau de Paula (PSD), hoje secretária estadual de Cultura. Porém, a partir desse fato foi preciso que a governadora iniciasse outras conjunturas também com os aliados de “primeira outra” para evitar uma “ciumeira” generalizada. Ou seja, a governadora Raquel Lyra vem exercitando a sua estratégia política, e teria apresentado uma “contraproposta” em resposta a alguns espaços pleiteados pelo Avante.
Segue o jogo de xadrez político…