
Durante manifestação em defesa da anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, o ex-presidente Jair Bolsonaro discursou ao lado de familiares de Débora Rodrigues, presa por pichar com batom a estátua “A Justiça”. Atualmente em prisão domiciliar, Débora foi tratada por Bolsonaro como “um símbolo”, afirmando que “todos têm uma Débora na família”. Em sua fala, ele criticou decisões do STF e disse que sua ausência nas eleições de 2026 seria uma afronta à democracia.
Bolsonaro voltou a atacar as instituições e se colocou como alvo de perseguição. “Querem me matar porque sou uma espinha na garganta deles”, declarou. O ex-presidente também exaltou aliados, como Tarcísio de Freitas, a quem chamou de “decente e honesto”. Disse ainda que, com maioria no Congresso, mudaria os rumos do país, prometendo um Senado forte para reagir a excessos: “Quem extrapolar, vai responder no tribunal do Senado Federal”.
Em referência à política internacional, Bolsonaro afirmou que sua situação se assemelha à de líderes conservadores como Donald Trump e Marine Le Pen. Disse que, se tivesse ficado no Brasil, teria sido preso ou morto em 8 de janeiro, justificando sua saída do país em 30 de dezembro de 2022. “Algo me avisou para sair”, declarou, insinuando uma perseguição política.
Sobre as eleições municipais de 2024, Bolsonaro demonstrou desconfiança, mas afirmou que o TSE terá um “perfil isento”. Também defendeu a volta dos direitos políticos de Ronaldo Caiado e comentou sua própria inelegibilidade: “Estou ilegível porque me reuni com embaixadores”. Ao final, exaltou seu filho Eduardo Bolsonaro, destacando seu domínio de idiomas e supostos contatos relevantes pelo mundo.