Do Terra – O presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL) fugiu da pergunta feita por Soraya Thronicke (União Brasil) sobre o presidente ter se vacinado ou não contra a covid-19. O chefe do Executivo também não respondeu se respeitará o resultado das eleições caso não seja reeleito.
Ao escolher o presidente para falar sobre o tema segurança pública, a candidata o questionou: “Gostaria de saber o que o senhor quer dizer ao falar que só respeitará o resultado de urnas limpas e, se perder, pretende dar um golpe de Estado?”.
Bolsonaro então partiu para o ataque contra Soraya. “A senhora seria muito dócil comigo, por exemplo, se eu tivesse atendido a senhora em todos os cargos que pediu para mim. Sudeco, Iphan, Ibama…”, disse o presidente. “A senhora gosta de cargos, deitar e rolar. Como a senhora não conseguiu, virou inimiga nossa”, acrescentou.
Ele ainda afirmou que a candidata usou o nome dele para ser eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul em 2018. “A senhora usurpou do meu nome para se candidatar e chegar ao senado por Mato Grosso do Sul”.
A candidata rebateu afirmando que ele mandou um vídeo pedindo votos para ela naquele ano e fez outro questionamento. “Quero saber se o senhor se vacinou, qual foi a vacina e quantas doses”, destacou ela.
Fugindo da resposta, Bolsonaro se limitou a dizer que comprou 500 milhões de vacinas e respeitou a liberdade da população em escolher se queria ou não se vacinar. Ele também fez críticas à CPI da covid-19. “Virou inimiga porque não conseguiu nenhum cargo, ficou chupando o dedo. Está fazendo papel de laranja com toda certeza”, rebateu ele.
Em direito de resposta, Soraya disse que não era candidata laranja. “Não sou candidata laranja, o senhor me respeite. Nem respondeu se tomou a vacina ou não, seu governo não é transparente. Saímos do seu governo porque o senhor não cumpriu as bandeiras que te elegeram”, disse ela.