
A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realizará, entre os dias 2 e 4 de abril, três consultas públicas para apresentar um estudo técnico voltado à mediação dos conflitos socioambientais na área do Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Tatu-bola, no Sertão do estado. Os encontros acontecerão nas comunidades de Baixa Alegre, em Petrolina, e Açude Saco II e Jutaí, em Lagoa Grande.
O estudo foi elaborado por técnicos da CPRH após quase um ano de visitas e reuniões com moradores e agricultores da região. O objetivo é avaliar qual tipo de Unidade de Conservação seria mais adequado para o local, equilibrando a preservação ambiental com as atividades econômicas desenvolvidas na área.
De acordo com o diretor-presidente da CPRH, José de Anchieta, o governo busca uma solução para um impasse que se arrasta há quase uma década. “Nos últimos dois anos, temos acompanhado de perto as dificuldades enfrentadas pelos agricultores e moradores do RVS Tatu-bola. Nosso compromisso é preservar o meio ambiente, mas sem deixar de lado a questão social. Por isso, fomos a campo, ouvimos a comunidade e, nesses três dias, queremos apresentar nosso estudo e escutar aqueles que foram diretamente impactados pela criação da Unidade de Conservação”, afirmou Anchieta.
Criado em 2015, o Refúgio de Vida Silvestre Tatu-bola abrange 110.110,25 hectares nos municípios de Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista e Petrolina. Sendo uma Unidade de Conservação de proteção integral, permite apenas o uso indireto dos recursos naturais, o que impõe restrições às atividades na área. A iniciativa de revisão busca encontrar um modelo que garanta a preservação do bioma da Caatinga sem comprometer os meios de subsistência da população local.