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Danilo Cabral acusa Marília Arraes de “alinhamento bolsonarista” em votações importantes

 

 

O candidato da Frente Popular, Danilo Cabral (PSB), deixou de lado o tema Orçamento Secreto nesta quinta-feira (15), após a revelação de que seus aliados também indicaram emendas, e voltou a atacar a sua principal adversária, Marília Arraes, tendo como mote a acusação de que ela adotou um alinhamento à base bolsonarista em votações importantes no Congresso Nacional.

 

Segundo Danilo, “as ausências de Marília em decisões sobre matérias importantes para a vida das pessoas, em certas ocasiões mesmo estando em Plenário no dia da votação, se assemelha às posturas do candidato ao Senado, André de Paula (PSD), e do candidato a vice-governador, Sebastião Oliveira (Avante).Também consolidam uma imagem de ausente dela, pelas recusas a participações em debates televisivos com os demais concorrentes”.

 

Entre as ausências da candidata do Solidariedade na Câmara, menciona-se a votação do PL do porte de armas (principal bandeira bolsonarista), a votação do Contrato Verde Amarelo (ideia bolsonarista que precarizava as relações de trabalho) e a votação do projeto de fura-filas de vacinas.

 

“A frequente ausência de Marília nessas votações fundamentais para a vida das pessoas é muito conveniente para ela. Serve para evitar o julgamento da opinião pública e tentar enganar o eleitor com uma imagem falsa”, afirmou o candidato. “Política se faz com tomada de posições. Política se faz com coragem”, enfatizou Danilo.

 

“Na votação do Projeto de Lei 3.723/2019, que estabelecia regras sobre o uso de armas, Marília registrou presença naquela sessão, mas não votou. O texto do PL definiu os procedimentos para o registro das armas e para a obtenção do certificado de capacidade técnica dos atiradores. Os companheiros de chapa da candidata também adotaram postura favorável ao governo Bolsonaro. André votou “sim” ao PL das armas; Sebastião Oliveira se ausentou da sessão, portanto não votou. Esse projeto foi uma das maiores bandeiras de campanha do presidente Jair Bolsonaro; acabou aprovada na Câmara. O também deputado federal e candidato a governador Danilo Cabral estava presente e votou “não” ao Projeto de Lei das armas.

 

Quando teve oportunidades de contestar a tentativa de retirada de direitos trabalhistas, Marília marcou presença na sessão e outra vez se ausentou na votação da Medida provisória nº 905/2019, relativa ao Contrato Verde e Amarelo, programa do governo federal e de Bolsonaro sobre o qual se discutia o incentivo à precarização das condições de trabalho dos brasileiros. O partido Solidariedade, atual sigla de Marília, liberou a bancada para o voto dessa MP; a maioria seguiu uma postura governista e a tendência de votar majoritariamente em defesa dos patrões, virando as costas para os trabalhadores. André de Paula votou “sim”, assim como Sebastião Oliveira votou “sim”, apoiando o projeto do Contrato Verde e Amarelo. Danilo esteve presente na sessão que analisou esta MP nº 905 e votou “não” ao Contrato Verde e Amarelo. A MP foi aprovada pelos deputados, mas o Senado barrou. Depois, teve seus efeitos sustados pela Medida provisória nº 955 de 2020, publicada por Bolsonaro em 20 de abril de 2020.

 

A candidata do Solidariedade se absteve (neste caso, Marília estava na sessão, segundo o registro, e teclou a opção da “abstenção”) sobre o Projeto de Lei nº 948/2021, que autorizava empresas privadas a comprarem vacina contra a Covid-19 para imunizarem funcionários. A principal mudança prevista pelo texto era a retirada da exigência, prevista em lei, de que as empresas só poderiam começar a vacinação própria após a imunização dos grupos prioritários pelo SUS. Na prática, significaria permitir que essas empresas furassem a fila da vacina oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Danilo votou “não”.

 

Em conduta que parece ser costumeira em pautas decisivas ou polêmicas, a então deputada e agora candidata ao governo Marília estava na sessão de 17 de dezembro de 2019 e voltou a se ausentar na votação do primeiro turno da PEC 391/ 2017, que ampliava o volume de recursos repassados às cidades via Fundo de Participação dos Municípios (FPM). André de Paula, idem; ele estava presente na sessão, mas não votou. A proposta determinava que o aumento fosse escalonado pelos quatro anos seguintes, a partir de 2020 – saindo de 0,25% e chegando a 1% em 2025.

 

Recentemente, em 12 de julho deste ano, Marília votou “não” em análise de importante destaque à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 15/2022, que excluiria a expressão “estado de emergência” do texto. A PEC permitia que o governo pudesse executar gastos indiscriminadamente, burlando a Lei de Responsabilidade Fiscal e todo o regramento existente para o controle e bom uso de recursos públicos. De outro modo, a exclusão da expressão reduzia a liberdade para a execução de gastos do governo, sem atender às regras fiscais. Danilo votou “sim” à proposta de exclusão da expressão nesta PEC”, diz a nota.

 

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A AUTORA

Renata Gondim é jornalista desde 2004. Foi repórter da editoria de Política da Folha de Pernambuco e colunista interina da Folha Política. Em Brasília, foi correspondente da Agência Nordeste no Congresso Nacional. Nos últimos anos, dedicou-se à assessoria de comunicação governamental. De volta à cobertura jornalística e aos bastidores da informação, agora com um blog autoral, assume a missão de combater as fake news e a manipulação de conteúdo, trazendo para você os principais fatos da política e temas de interesse da sociedade pernambucana.

 

Contato: renata@blogdarenata.com.br

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Renata Gondim é jornalista desde 2004. Foi repórter da editoria de Política da Folha de Pernambuco e colunista interina da Folha Política. Em Brasília, foi correspondente da Agência Nordeste no Congresso Nacional. Nos últimos anos, dedicou-se à assessoria de comunicação governamental. De volta à cobertura jornalística e aos bastidores da informação, agora com um blog autoral, assume a missão de combater as fake news e a manipulação de conteúdo, trazendo para você os principais fatos da política e temas de interesse da sociedade pernambucana.

 

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