
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, pediu demissão do cargo nesta terça-feira (8), após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposto envolvimento em desvios de emendas parlamentares quando ainda era deputado federal. A decisão veio após solicitação do presidente Lula, que o orientou a deixar o cargo para que pudesse se defender das acusações fora do governo.
Em carta aberta, Juscelino declarou que sua saída é um gesto de respeito ao governo e ao povo brasileiro, afirmando que as acusações são infundadas e que confia na Justiça. A denúncia contra ele foi enviada ao Supremo Tribunal Federal e está sob responsabilidade do ministro Flávio Dino. Caso o STF aceite a denúncia, Juscelino poderá se tornar réu e o processo seguirá para a fase de instrução, com depoimentos e produção de provas.
O agora ex-ministro, filiado ao União Brasil e deputado federal pelo Maranhão, afirmou que retornará à Câmara dos Deputados. Ele também fez um balanço positivo de sua gestão, destacando ações como a ampliação da internet em escolas públicas, a liberação de investimentos do Fust e a implementação de infraestrutura digital na Amazônia, além do projeto da TV 3.0.
O Palácio do Planalto ainda não anunciou quem assumirá o Ministério das Comunicações. Enquanto isso, o presidente Lula está em viagem oficial a Honduras, onde participa da Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac).