Por Renata Gondim – O prefeito de Chã Grande, Diogo Alexandre (Avante), recebeu na última segunda-feira a visita do ministro do Turismo, Carlos Brito, que assinou a ordem de serviço da pavimentação da estrada que dará acesso ao projeto da Rota Ecoturística do município. A obra, que terá uma extensão de 8,4 km, representa um investimento de mais de R$ 3,8 milhões, complementando outras duas etapas já realizadas, num total de 14,8 km. Apesar de assinada pelo atual ministro, a conquista foi fruto das articulações do ex-ministro e pré-candidato ao Senado, Gilson Machado Neto (PL), que também se fez presente no evento, com sua inseparável sanfona.
Este fato explica o quebra-cabeça político que se desenhou em Chã Grande. Aliado do deputado federal Sebastião Oliveira (Avante), Diogo Alexandre está fechado em apoio ao ex-presidente Lula (PT) e a pré-candidata ao Governo, Marília Arraes (Solidariedade), de quem Sebá é vice. Mas não abre mão de eleger Gilson Machado ao Senado, como uma forma de agradecimento ao legado turístico que será deixado no município a partir deste investimento. Também existe o fato de que o pré-candidato ao Senado na chapa de Marília, André de Paula (PSD), ter disputado as duas últimas eleições como o federal da oposição, liderada por Daniel Alves (PSB).
“Na verdade, o apoio a Gilson Machado Neto é fruto do desempenho que ele teve a frente do ministério e por viabilizar, dar apoio e acreditar nesse nosso projeto. Apesar de saber que o papel de ministro não se confunde com o do político, eu não teria como não retribuir este gesto”, explicou o prefeito Diogo Alexandre, em entrevista ao blog.
O prefeito, que confessou ainda não ter conversado com Sebastião Oliveira sobre a sua decisão, ainda deixou claro não ter resistências ao nome do deputado federal André de Paula (PSD), apesar de o mesmo sempre ter militado na oposição ao seu grupo. “Nós entendemos que o cenário de uma disputa estadual é diferente da municipal. E André (de Paula) é um bom candidato. Se não fosse este fato (de agradecimento a Gilson), eu não teria restrições ao nome dele”, enfatizou o gestor.