
O deputado federal Pedro Campos (PSB-PE) usou as redes sociais nesta quarta-feira (18) para esclarecer sua posição em relação à chamada PEC da Blindagem. O parlamentar afirmou ter recebido “milhares de mensagens” de eleitores questionando seu voto e decidiu se manifestar “de maneira simples e direta” para prestar contas à população.
De acordo com Pedro Campos, a proposta, apresentada por partidos do Centrão, tramitou no Congresso em “várias versões diferentes” e trazia riscos, como o aumento da influência de criminosos na política e a possibilidade de uma aliança entre o centro e o PL para viabilizar a anistia. Segundo o parlamentar, o campo progressista se dividiu entre duas estratégias: rejeitar a PEC integralmente, correndo o risco de aprovar a anistia, ou negociar para retirar os principais pontos polêmicos.
Como líder da bancada, Pedro Campos optou pela segunda alternativa, buscando eliminar trechos que considerava “absurdos”, como a necessidade de autorização para que a Polícia Federal investigasse parlamentares ou realizasse buscas e apreensões. “Caminhávamos para derrotar a anistia”, afirmou.
O deputado detalhou ainda que votou pelo adiamento da discussão, contra o voto secreto e contra o foro privilegiado para presidentes nacionais de partidos. No entanto, reconheceu que a bancada se dividiu em outros pontos e que o resultado final não foi o esperado. “Tem a humildade de reconhecer que não escolhemos o melhor caminho e saímos derrotados na votação da PEC e na votação da anistia”, disse.
Pedro Campos anunciou que entrará com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar anular a votação e “a manobra que foi feita para a volta do voto secreto”. Ele reforçou que seu mandato é pautado pela transparência e pelo compromisso com os eleitores. “Quero reforçar que todas as críticas que eu recebi são legítimas, até porque o meu compromisso é com o povo brasileiro”, destacou.
O parlamentar ainda lembrou que seu posicionamento no Congresso tem seguido essa linha em outras votações relevantes, como o apoio à prisão de Chiquinho Brazão e à continuidade dos julgamentos de Alexandre Ramagem e do ex-presidente Jair Bolsonaro. “Nós vamos seguir assim: com humildade, coragem e fazendo política ouvindo as pessoas”, concluiu.



