A participação da mulher na política é um fato crescente e inquestionável nos dias atuais. E as eleições de 2022 tendem a consolidar esta tendência, aumentando o número de congressistas e parlamentares estaduais. Em Pernambuco, os bolões de apostas dão conta de que a bancada federal feminina deve eleger, neste ano, a quantidade que elegeu em toda a história da República.
Em 56 legislaturas, apenas quatro mulheres foram eleitas para mandatos em Brasília. A primeira foi a combativa Cristina Tavares, em 1978, e que viria a se reeleger por mais dois mandatos consecutivos. O hiato durou até Ana Arraes, em 2006. Ela ainda se reelegeu em 2010, mas no ano seguinte foi escolhida para uma vaga no Tribunal de Contas da União.
Aliás, 2010 foi o pleito com mais mulheres eleitas, já que Luciana Santos também saiu vitoriosa das urnas, e repetiu a dose em 2014. Marília Arraes, por sua vez, chegou a Brasília na última eleição, em 2018, e neste ano lidera as pesquisas de intenções de voto para o Governo do Estado.
Houve uma quinta mulher que assumiu mandato como suplente em Brasília: a ex-prefeita de Salgueiro, Creuza Pereira, exerceu as funções entre 2016 e 2018.
Para 2022, quatro mulheres despontam como cotadas a carimbar o passaporte para a Capital Federal. Duas delas estão na mesma chapa, a do Solidariedade: Maria Arraes e Fabíola Cabral. A elas também devem se juntar Clarissa Tércio (PP) e Iza Arruda (MDB). A 57ª legislatura, que se iniciará em fevereiro próximo, desde já nasce histórica.