
Com o objetivo de valorizar produtos que fazem parte da identidade e da cultura pernambucana, a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe) e o Sebrae/PE vão lançar, no próximo dia 10 de abril, um projeto para propor 13 novas Indicações Geográficas (IGs) para o estado. A iniciativa busca dar mais visibilidade a itens como o bolo de rolo, a renda renascença de Poção e o artesanato de barro de Caruaru, entre outros símbolos da tradição local.
Com um investimento de R$ 2,9 milhões, o projeto será dividido em quatro etapas: diagnóstico, estruturação, submissão dos pedidos ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) e acompanhamento. A fase inicial já está em curso com apoio do Sebrae Nacional. Atualmente, Pernambuco possui apenas três IGs registradas — os vinhos do Vale do São Francisco, uvas e mangas de Petrolina e o Porto Digital, no Recife.
Entre os produtos que podem receber o selo de IG estão o mel do Araripe, o abacaxi de Pombos, o café de Triunfo, a manta caprina de Dormentes, o artesanato de madeira de Sertânia, o queijo coalho artesanal do Agreste e os bolos típicos de noiva e Souza Leão. A etapa mais complexa do projeto será a estruturação, que inclui mobilização dos produtores, pesquisa histórica, delimitação geográfica e elaboração de cadernos técnicos.
Para o presidente da Adepe, André Teixeira Filho, o projeto é um marco na valorização dos arranjos produtivos locais. Já o superintendente do Sebrae/PE, Murilo Guerra, destacou que a iniciativa vai proteger o conhecimento tradicional e gerar oportunidades para pequenos negócios, aumentando a competitividade dos produtos pernambucanos no Brasil e no exterior. A expectativa é que o projeto seja concluído até 2026.