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Porta-voz da Casa Branca diz que Israel consultou EUA antes de novos ataques e faz ameaças

 

Os Estados Unidos sabiam que Israel iria retomar sua ofensiva na Faixa de Gaza, afirmou a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, em entrevista à emissora americana Fox News nesta terça-feira (18).

 

A secretária de imprensa do governo de Donald Trump afirmou que o gabinete do primeiro-ministro israelense consultou os aliados antes de dar fim à trégua que havia começado há um mês, desde que o acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas foi assinado no Catar.

 

Além disso, Leavitt reafirmou as ameaças feitas pelo presidente americano ao Irã e aos Houthis nas redes sociais nesta segunda-feira (18):

 

Após as declarações da Casa Branca, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, também se pronunciou em nota e afirmou que o Hamas “escolheu a guerra” ao se recusar a libertar os reféns ainda mantidos em Gaza:

 

Em uma coletiva de imprensa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a embaixadora interina dos EUA, Dorothy Shea, declarou que a responsabilidade pela retomada das hostilidades em Gaza cabe exclusivamente ao Hamas e que os Estados Unidos apoiam Israel em suas medidas sensatas.

 

Hamas acusa EUA

À agência de notícias AFP, um líder do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse que os ataques israelenses são uma tentativa de forçar o grupo à “rendição” e chamou os Estados Unidos de “cúmplices”.

 

Em comunicado divulgado pelo jornal britânico “The Guardian”, o grupo terrorista também afirmou que os Estados Unidos têm “total responsabilidade” pelas mortes que ocorreram nesta terça:

 

“Com seu apoio político e militar ilimitado à ocupação, Washington tem total responsabilidade pelos massacres e assassinatos de mulheres e crianças em Gaza. A comunidade internacional é instada a tomar medidas imediatas para responsabilizar a ocupação e seus apoiadores por esses crimes contra a humanidade”.

 

Arábia Saudita e Catar condenarem o ataque de Israel em Gaza. A Arábia Saudita criticou duramente o “bombardeio direto em áreas povoadas por civis desarmados” e o Catar, que está tentando ajudar a mediar um cessar-fogo prolongado entre Israel e o Hamas, disse que os bombardeios correm o risco de incendiar a região.

 

Após retomar bombardeios na Faixa de Gaza na noite de segunda-feira (17), as Forças Armadas de Israel disseram ter feito novos ataques ao território palestino e afirmaram que a ofensiva continuará de forma permanente.

 

Os ataques romperam com a trégua em vigor entre Israel e Hamas desde janeiro e deixaram 413 mortos e 660 feridos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.

 

Em comunicado nesta manhã, as forças israelenses afirmaram que “continuavam a atacar alvos pertencentes ao Hamas e à Jihad Islâmica (outro grupo extremista que atua na Faixa de Gaza)”.

 

Tanques israelenses também foram vistos posicionados na fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza (veja imagem acima), indicando que, além dos ataques aéreos, as incursões por terra no território palestino também podem ser retomadas.

 

O bombardeio da noite de segunda-feira foi a primeira grande operação militar na região desde o início do cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em janeiro.

 

Israel declarou que bombardeou apenas alvos do Hamas e lideranças do grupo terrorista, mas o governo local do grupo terrorista afirmou que o ataque deixou centenas de civis mortos.

 

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse ter ordenado os ataques após o Hamas se recusar a libertar os reféns ainda mantidos em Gaza e rejeitar todas as propostas que receberam para uma segunda fase do cessar-fogo, ainda em negociação.

 

O ataque das Forças Armadas israelenses foi conduzido em conjunto com a Agência de Segurança de Israel, responsável pela inteligência do país.

 

Testemunhas relataram à Reuters terem presenciado uma série de explosões provocadas por ataques aéreos ao longo da Faixa de Gaza, e hospitais do território palestino receberam centenas de pessoas (veja vídeo acima).

 

Médicos que atuam no território afirmaram à agência que 200 pessoas morreram, incluindo várias crianças, e diversas ficaram feridas. Mais tarde, o Ministério da Saúde de Gaza disse que 254 pessoas haviam morrido. Depois, o número subiu para 326 mortos, ainda segundo o Hamas.

 

Segundo o Hamas, Mahmoud Abu Watfa, membro do alto escalão de segurança do grupo terrorista, foi morto durante os ataques.

 

De acordo com a Reuters, explosões foram observadas na Cidade de Gaza, em Deir Al-Balah, na região central, e em Rafah e Khan Younis, no sul. A Defesa Civil do território, contolada pelo Hamas, afirmou que 35 ataques aéreos foram registrados.

 

Uma autoridade do Hamas acusou Israel de romper com o acordo de cessar-fogo de forma unilateral, colocando os reféns mantidos em Gaza em um “destino incerto”.

 

Diante da operação militar, Israel anunciou que está impondo algumas restrições para comunidades israelenses que ficam próximas da fronteira com a Faixa de Gaza. As aulas nestes locais, por exemplo, foram suspensas.

 

Ordens de evacuação em algumas regiões de Gaza foram emitidas por Israel na manhã desta terça, no horário de Brasília, e palestinos foram registrados deixando o território.

 

Outros ataques contra alvos na Faixa de Gaza foram registrados anteriormente, mas menores. No sábado (15), pelo menos nove pessoas morreram em um bombardeio no norte do território, de acordo com médicos que atuam na região.

 

O cessar-fogo entre Israel e o Hamas começou em 19 de janeiro. O acordo, dividido em três etapas, prevê uma pausa completa nos ataques, além da troca de reféns mantidos pelo grupo terrorista em Gaza por prisioneiros palestinos detidos em Israel.

 

Na prática, o prazo da primeira fase do cessar-fogo terminou em 1º de março. Israel e o Hamas chegaram a negociar uma extensão da trégua, mas não chegaram a um acordo. Com isso, o governo israelense anunciou a interrupção da entrada de ajuda humanitária no território palestino.

 

Enquanto isso, as duas partes negociam o início da segunda fase do acordo, com a mediação do Egito, Catar e Estados Unidos.

 

Com informações do G1

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A AUTORA

Editora do Blog da Renata, a jornalista Renata Gondim tem atuação de mais de vinte anos na cobertura política de Pernambuco e hoje é uma das principais vozes femininas e produtora de conteúdo na área, destacando-se por sua atuação nas redes sociais. Foi correspondente em Brasília (DF) pela Agência Nordeste, na cobertura dos fatos do Congresso Nacional, e repórter Sênior de Política e colunista interina no jornal Folha de Pernambuco. É comentarista política da Rádio Tamandaré 890 AM, no quadro Provérbios da Política, com participações especiais como convidada também em outras emissoras do Estado e pela TV Nova Nordeste.

 

No segmento da assessoria governamental, foi Secretária de Comunicação e Relações Institucionais da Prefeitura de São Lourenço da Mata (2008-2014), na Região Metropolitana do Recife (RMR); e assessora de comunicação da Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI). Possui especialização em Marketing Eleitoral.

 

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A AUTORA

Renata Gondim é jornalista desde 2004. Foi repórter da editoria de Política da Folha de Pernambuco e colunista interina da Folha Política. Em Brasília, foi correspondente da Agência Nordeste no Congresso Nacional. Nos últimos anos, dedicou-se à assessoria de comunicação governamental. De volta à cobertura jornalística e aos bastidores da informação, agora com um blog autoral, assume a missão de combater as fake news e a manipulação de conteúdo, trazendo para você os principais fatos da política e temas de interesse da sociedade pernambucana.

 

Contato: renata@blogdarenata.com.br

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