Do SBTNews – A possível manutenção do valor “turbinado” do Auxílio Brasil, mantendo o benefício em R$ 600 no próximo ano, provocaria um aumento de gastos que pode chegar a R$ 60 bilhões. A estimativa, que varia entre R$ 50 bi e os R$ 60 bi, foi citada pelo Secretário Especial de Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago, em coletiva para avaliação das despesas do governo, realizada nesta 2ª feira (25.jul).
Apesar da sinalização, a Economia ainda não trabalha com o valor mais alto do benefício social em 2023. Colnago afirma que o reajuste não está cotado no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLOA) do próximo ano.
“A gente tem um marco legal vigente hoje, que não nos apresenta os R$ 600 como obrigação para o próximo exercício. A obrigação que a gente entende, é de R$ 400”, disse Colnago. O secretário apontou que o projeto pode passar por mudanças, caso seja determinado, mas que a redução, com o aumento, poderia ser “muito difícil ao longo do próximo exercício”.
“De grosso modo, estamos falando de um impacto entre R$ 50 e R$ 60 bilhões a mais de obrigações, se a gente mantiver os R$ 600 no próximo exercício”, declarou. “A gente está girando em torno de R$ 120 bilhões (de despesas discricionárias) por ano. Se falar em criar um conjunto de obrigatórias que somam R$ 50, R$ 60 bi, nosso volume vai cair para R$ 70 bilhões. Ele seria muito difícil ao longo do exercício” afirmou em outro momento.
A respeito da possibilidade de manutenção do benefício com acréscimo de R$ 200, Colnago destacou o período de campanha política, e disse que o cenário econômico será apresentado a quem vencer o próximo leito.
“Quando sair da eleição e tiver decisão da eleição, aí sim se terá uma discussão com quem for eleito sobre a situação fiscal do país. Como a gente vai caminhar. Essa questão ainda vai ter amadurecimento. Uma questão mais real. Nesse momento, você está em uma campanha eleitoral”, pontou.