Por Renata Gondim – Com a oficialização das candidaturas ao Senado, neste último final de semana durante as convenções partidárias, a corrida para a única vaga para a Casa Alta nestas eleições foi desenhada. As pesquisas feitas até então, e a última divulgada nesta segunda-feira, não traziam o quadro real dos nomes da disputa e isso por si só já dificultava qualquer perspectiva da intenção de voto do eleitorado.
Os dois nomes que lideravam estas amostragens – Mendonça Filho e Armando Monteiro Neto – acabaram não aderindo ao pleito, e agora os próximos levantamentos devem trazer não apenas a distribuição destes votos, que somavam quase 40%, mas também a diminuição do número de eleitores indecisos e votos em branco.
Há quem aposte que esta distribuição deva beneficiar, em parte, os candidatos do PL, Gilson Machado, e do PSD, André de Paula. Os dois deverão enfrentar uma disputa acirrada com a candidata do PT, Teresa Leitão, que vem defendendo a bandeira de que “é a candidata do coração de Lula”. E, ainda que a petista tenha tirado dividendos da passagem do ex-presidente por Pernambuco, as pesquisas mostram um empate técnico entre os três candidatos.
Em tese, teremos uma briga entre a candidata de Lula (Teresa), o candidato de Bolsonaro (Gilson), e o candidato da governadora Marília (André), que vem liderando a briga pelo Governo do Estado e que também mantém o discurso alinhado à Lula. Os candidatos de Raquel Lyra (PSDB), Guilherme Coelho (PSDB), e de Miguel Coelho (UB), Carlos Andrade Lima (UB), por sua vez, devem acompanhar o desempenho de seus respectivos cabeças de chapa, que concorrem ao pleito evitando a polarização nacional, com um debate mais “regionalizado”, e podem surpreender no caminhar dos próximos 60 dias.
Todavia, o que até então mostrou a história política de Pernambuco é que a disputa ao Senado sempre é decidida de última hora, às vésperas da eleição e que, na maioria das vezes, o vencedor na disputa pelo Governo do Estado é quem tem mais chances de eleger junto o seu senador. Qual a sua aposta?