Por Renata Gondim – Hoje, 13 de agosto de 2022, são contabilizados oito anos de falecimento do ex-governador Eduardo Campos (PSB), vítima de um acidente aéreo na cidade de Santos, em São Paulo, em meio à campanha política à Presidência da República. Nas vésperas de mais uma disputa estadual, Eduardo nunca esteve tão vivo.
O líder socialista ainda se configura como o maior cabo eleitoral da Frente Popular, que tem como candidato Danilo Cabral (PSB). As primeiras inserções eleitorais mostraram que o ex-governador terá mais peso do que o atual gestor, Paulo Câmara, cujo governo tem mais de 70% de rejeição popular.
Eduardo também é unanimidade até mesmo no discurso da oposição. E não é para menos, já que todos os candidatos ao Governo, sem exceção, fizeram parte da Frente Popular comandada por ele. Marília, Raquel, Miguel e Anderson, todos eles, reconhecem as marcas deixadas pelo socialista e se sentem na propriedade de falar sobre elas.
Esse poder de somar aliados era um diferencial do ex-governador. Por mais que não perdesse o protagonismo do processo por um só momento, tinha o dom de fazer com que todos as personagens políticas se sentissem parte importante e essencial para que os projetos dessem certo.
“Eduardo tinha os aliados caminhando ao lado dele. Hoje vemos um PSB que comanda o Estado a mãos de ferro, sem respeitar os aliados”, reclamam os dissidentes. E, de fato, a unidade do grupo foi um legado que os pupilos do ex-governador parecem não ter assimilado.
E talvez por isso amarguem hoje uma disputa com quatro candidaturas fortes de oposição, ameaçando uma hegemonia socialista de 16 anos. Pior que isso, quatro candidaturas que acabam, nas entrelinhas, reavivando desejos populares que nasceram naquela primeira disputa de 2006, quando Eduardo, de cima de um banquinho batizado de Tribuna 40, derrotou a força da máquina comandada por Jarbas em nome da esperança e desejo de tempos melhores para Pernambuco.
Mas, como dizia o próprio Eduardo, “É preciso coragem para mudar”, e o mais importante é “não deixar a esperança morrer”.