Por Renata Gondim – Em um certo momento durante a campanha eleitoral, a governadora Raquel Lyra (PSDB) admitiu que o ex-governador Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, fazia parte da sua história. “A minha história tem que ser contada para Pernambuco e ele faz parte dela. Eduardo faz parte da minha história e do meu pai e minha história precisa ser contada para Pernambuco”, afirmou ela na ocasião, lembrando que foi deputada pelo PSB e secretária na gestão Eduardo, e seu pai, João Lyra, vice-governador do socialista. Ao que parece, Raquel aproveitou o tempo de convivência para “estudar” uma das melhores qualidades do ex-governador: a empatia para com o povo que mais precisava do Governo do Estado.
Ao vê-la hoje, em seu sexto dia de gestão visitando Dona Biu no Alto Zé do Pinho, lembrei-me de Eduardo. Como repórter de Política de Folha de Pernambuco, acompanhei suas visitas aos municípios como candidato ao Governo do Estado em 2006, quando conversava com as pessoas e fazia promessas de gestão. Depois, já como governador, quando ele voltava aos mesmos municípios e lembrava do nome de cada uma daquelas pessoas e perguntava se o problema havia sido resolvido. Não precisava de pautas de assessores, era algo natural.
Dona Biu foi personagem da campanha de Raquel, e reclamava da falta de água. Morando há 10 anos na comunidade, ela sempre recebeu a conta de água da Compesa, sem nunca ter uma gota de água sequer em casa. Raquel foi abraçar a popular tão citada em debates, e os funcionários da Compesa já estavam trabalhando no local.
Na época de Eduardo, secretários, assessores e imprensa testemunhavam cada um desses encontros. Passados os anos e com o avanço da tecnologia, hoje milhares de pessoas podem testemunhar as visitas da governadora. Raquel promete que vai às ruas governar com o povo, e que essa iniciativa será corriqueira. E em suas redes sociais as visitas já viraram o episódio “Sonhando Junto”.
Que muitos sonhos estagnados por décadas em Pernambuco tenham um final feliz. Quem ganha é o povo!