
O ex-secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Allan Turnowski, teve sua prisão preventiva mantida após audiência de custódia nesta quarta-feira (7). A decisão foi tomada um dia após sua nova prisão, determinada pelo Tribunal de Justiça do Rio, em cumprimento a decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que restabeleceu a ordem de prisão anteriormente revogada.
A defesa do delegado tentou relaxar a prisão ou convertê-la em domiciliar, alegando questões de saúde, mas o juiz Patrick Couto Xerez Sobral manteve a medida, destacando que o mandado está dentro do prazo e a decisão judicial segue válida. O magistrado autorizou apenas o encaminhamento do réu para atendimento médico e a entrega de medicação para controle de pré-diabetes.
Turnowski foi preso inicialmente em setembro de 2022, acusado de obstrução da Justiça, e se tornou réu por, mesmo afastado do cargo, ainda influenciar decisões dentro da cúpula da Polícia Civil. No entanto, deixou a cadeia em menos de um mês por decisão do ministro Kassio Nunes Marques, do STF, que suspendeu a preventiva à época.
Segundo as investigações, o delegado agia como agente duplo em favor dos contraventores Rogério de Andrade e Fernando Iggnácio — este último assassinado em 2020. Condenado a quase 10 anos de prisão, Turnowski teria usado sua posição na polícia para proteger interesses criminosos ligados ao jogo do bicho e à contravenção no Rio de Janeiro.