Em uma eleição marcada por um forte apelo ao público feminino, que hoje representa mais de 50% do eleitorado, não é de se estranhar que “as candidatas à primeira dama” também ganhem um espaço de protagonismo nos guias eleitorais.
Em contraponto às peças veiculadas com a atual primeira dama Michelle Bolsonaro, em defesa do marido e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PT), quem estreiou no programa do marido, o presidenciável Lula (PT), na noite do sábado passado, foi a socióloga Rosângela da Silva, a Janja.
O tema do programa e da fala de Janja são os problemas enfrentados pela mulher na sociedade brasileira e os programas voltados para essa parcela do eleitorado.
Na propaganda, Janja aparece após vários relatos de aumento da violência contra a mulher e feminicídios, com imagens de mulheres machucadas sendo exibidas.
“Olá. Eu sou a Janja, esposa do Lula. Estou ao lado dele e do povo brasileiro nessa caminhada pelo Brasil da esperança. Sabemos das dificuldades que nós, mulheres, enfrentamos atualmente. São milhões de mulheres endividadas para poder levar alimentos para suas famílias. São mães que perderam suas casas e hoje dormem com seus filhos nas ruas. Mudar essa realidade é uma luta de todas nós. Vamos juntas com Lula garantir segurança alimentar para as famílias e oportunidades para todas as mulheres”, diz a socióloga na propaganda.
Após a aparição de Janja, a campanha utiliza personagens anônimas reclamando do governo Bolsonaro, dizendo que está difícil ser mulher na atual gestão, que esse seria o pior governo que já tiveram e que o presidente tem desprezo pela vida das mulheres.
A peça de Lula cita como propostas para esse público a garantia do Bolsa Família de R$ 600 (valor atual do Auxílio Brasil), com mais R$ 150 por cada filho de até seis anos, o aumento do salário mínimo acima da inflação, a ampliação das creches em tempo integral e o Desenrola Brasil, programa para tirar o nome dos brasileiros dos serviços de proteção ao crédito.
*Com informações de O Tempo